terça-feira, 22 de janeiro de 2008

SPFW - Day 6

Chegou o fim. Nem acredito!

Comecei meu dia no Iguatemi no desfile da Gloria Coelho. Roupas bem bonitas, bem dramáticas. Muita pele fake e muito preto. Na platéia fotografei o mutante Sergio Dias. E na saída umas modelos pra uma entrevista. Ninguém mais. Não levei cotovelada, nem fui arrastado pela multidão insaciável de fotógrafos e cinegrafistas.

Almocei pele primeira vez usando garfo e faca em dias e dias. Acho que estou voltando a ser gente. Corri pra Bienal e em seguida vi Alexandre Herchcovitch masculino. Um dos desfiles que mais queria ver. Sentei na primeira fila. Um pouco antes do desfile começar vi uma muvuca do lado oposto ao que estava sentado ( eu, em teoria deveria estar fotografando as celebridades ou sendo assistente do Toscani, anotando o que vestiam as meninas bem vestidas, pegando a assinatura delas e telefone. Mas estava mais interessado em ter uma boa visão e tinha pedido uma "folga" pra ver confortavelmente esse desfile ). Quando houve uma brecha vi a Luciana Curtis ao lado do Marcelo Sommer. Não resisti. Momento tietagem numero um do dia. Fui até la, falei com ela e a fotografei. Uma fofa. Cara, ela existe mesmo! Pra mim ela sempre foi a mulher mais linda do mundo. Uma coisa meio inatingível, meio inexistente. Fiquei como uma criança em noite de Natal, feliz da vida, só faltou dar pulinhos. Voltei correndo e vi o desfile. Da primeira fila fiz uma foto bem boa que foi publicada no site. É a foto que esta lá embaixo.

Na sequência vi o Sommer na Do Estilista. O desfile foi nos fundos da sala um, lá fora, numa espécie de jardim. Lugar bem bacana. Tava meio chovendo e bem frio. O Arnaldo Antunes cantou. A Luciana Curtis desfilou. Na Platétia estava Henrique Gendre, o marido (e fotógrafo fodão) da Luciana Curtis ( a mulher mais linda do mundo, nunca é demais repetir isso! ). Ele estava com uma bolsa com uma cachorrinha dentro. Troquei uma idéia com ele e o fotografei. Momento tietagem número dois do dia. Quero ser Henrique Gendre quando crescer. Sempre quiz. O cara é muito bom mesmo. Sempre admirei seu trabalho e fico feliz que ele estaja lá en NY trabalhando e se dando bem. Mas triste também porque quase não vejo seu trabalho publicado por aqui no Brasil (atualmente as campanhas da Animale e Schutz são dele). Falamos sobre fotografia e sobre a cachorrinha fofa deles. Meio rápido, mas bastante inspirador para mim.

A Luciana, o Henrique e a Mabel ( a tal cachorrinha ), são a família mais linda da moda brasileira. E a Gloria Coelho, o Reinaldo Lourenço e o Pedro Lourenço são a família feia/monstro da moda brasileira. Qualquer pessoa que tenha no mínimo dois neurônios e uma pitada de senso estético sabe disso.

Concordam comigo?

O último desfile foi Ronaldo Fraga (também meu futuro amigo). O fotografei no back stage antes do desfile começar. Ele tem fama de sempre arrasar em seus desfiles. E desta vez não foi diferente. Uma passarela com varal de roupas de tule. Uma trilha sonora bem brasileira e roupas lindas com estampas mais lindas ainda. O cara é bom. Bem bom. A menina que estava no meu lado na platéia até chorar, chorou!

Quando as luzes se apagaram antes do desfile começar a galera do Pit (aquela arquibancada apinhada de fotógrafos e cinegrafistas), gritou em coro "Palomino cafona!, Palomino cafona!". Um horror! A Erika na real só pinta de má pessoa. Porque do mal que a conheço ela me parece uma pessoa bem agradável e atenciosa mesmo. Ninguém precisa escutar aos gritos que você é cafona. Porque eu nem acho que ela seja mesmo assim. O pessoal não gosta muito dela. Uma pena.

Cheguei a conclusão que fotógrafo de Pit é tudo ogro, tudo bruto, tudo mal educado. De longe a galera que te empurra mais, que quase passa por cima de você e que bate com seu teleobjetivo na sua cabeça se for necessário pra abrir caminho. Sem falar que eles atrasam bastante os desfiles. Nunca na vida quero fazer pit. O episódio com a Erika foi lamentável.

E finalmete acabou. Não tenho mais o que contar. Muita gente sabe meu nome, sabe que eu existo, e principalmente conhece minha mirada. Levei meu portifólio todos os dias e muita gente o viu. Descolei uns telefones quentes de fotógrafos que eu simplesmente adoraria trabalhar com eles. Espero que role. Devo isso ao meu chefe Toscani. Por me colocar em contato com a Elle, com o mercado editorial brasileiro, por confiar em mim, em meu trabalho. Em teoria eu deveria ter sido mais seu assistente, mas acabei sendo mais um fotógrafo da equipe Elle.

Adorei tudo, não vou negar. Queria muito ter participado e tomar contato com tudo isso. Foi foda demais: cansei, me estressei, não dormi bem, não comi bem, tive olheiras e calo nos pés. Mas fui feliz. Faria tudo outra vez. Adorei as pessoas, os jornalistas se ajudando, os fotógrafos me perguntando se eu já tinha fotografado o fulano e me perguntando o nome dos quase famosos. Só não gostei da galera montadíssima, da galera que rouba brinde, da galera que dá pinta de importante. Preguiça, muita preguiça.


Pra quem não viu e não acompanhou meu trabalho esta em:

http://elle.abril.com.br/spfw/inverno2008/

Colaborei mais com as sessões "Pimenta", "Beleza em foco" e "Entrevistas". E espero ver algum clique meu nas futuras revistas. Não sei se rolará.




Fico feliz que sobrevive a tudo isso e vou sentir falta. Com certeza.

domingo, 20 de janeiro de 2008

SPFW - Day 5

Tenho que escrever mesmo?

Amanheceu uma dia estranho, chuvoso e frio aqui em São Paulo. O primeiro desfile foi Cavalera nas margens do rio Tietê. Fomos até um ponto de encontro e de lá um ônibus levou o povo até uma balsa. Todos recebiam um kit que incluia uma máscara e uma capa de chuva. Que foram extremamente necessárias. O negócio fedia mesmo!
Haviam ainda distribuição de picolés d'água potável, ou seja picolé de gelo. Haviam três tipo: água doce (de rio), água salgada (do mar) e água com gás. Não muito obrigado, não quiz me arriscar!

O desfile foi um barato meio dramático, meio performático, sem uma música, só uma sirene e mais nada. A chuva só contribuiu para a beleza do conjunto. Uma pena que foi um desfile de difícil acesso e para um público bem pequeneninho. Mas até então foi o desfile mais bacana pra mim.

Na tarde vi Neon, que foi bem bacana também. As modelos vinham em uns carrinhos um de cada lado a passarela.
A noite mais uma função para ir até a estação Júlio Prestes no centrão de São Paulo, vulgo "Cacrolândia". Medo. Bastante medo. Quase que não fui, porque fiquei fotografando os quase famosos na primeira fila do Samuel Cirnansck. Pela primeira vez sentei na primeira fila de um desfile. Minha vizinha de cadeira era minha futura amiga Erika Palomino. O desfile era duplo: primeiro a 2nd Floor e logo a Ellus. O atual namorado da Ivete Sangalo, o bonitão Andrija Bikic que iniciava e acabava o desfile da Ellus. Gostei muito mais da 2nd Floor e achei chato, chato, muito chato Ellus. Nela os modelos chegavam num vagão de trem e iam saindo pouco a pouco, mas eram muitos modelos e a passarela era enorme, enorme. Quando acabou a galera nem aplaudio. Suponho que todos estavam de saco cheio. Eu estava.
Na saída, haviam comidinhas divertidas e comi algodão doce. Coisa que não fazia a anos.

E acabou que nem fui ver o Cansei de Ser Sexy. Tinha vontade. Mas tinha sono, sono, muito sono e não tinha companhia. Uma pena, mas não tinha condições. No taxi ao caminho de casa, passei na frente, mas não, melhor não!

Não trouxe nenhum brinde pra casa hoje.

E amanhã tudo isso acaba!

sábado, 19 de janeiro de 2008

SPFW - Day 4

Tivemos uma manhã livre porque o primeiro desfile (Raia de Goeye) foi exclusivíssimo para apenas 50 influentes convidados. A imprensa estava vetada também. Assim que consegui dormir até as nove e meia da manhã. Um fato inédito até então. Poderia ter dormido mais, mas meu corpo já se acostumou a poucas horas de sono.

Chegamos pro segundo desfile, o da Iódice. Na platéia fotografei um tal Tato Mansoni, mas não sabia quem era! Até que escutei que ele foi o cara que comeu a Cicarelli na praia em Tenerife, Espanha. Que horror ser conhecido por isso. Talvez foi a única coisa que ele fez que prestou (prestou?) em toda sua vida. Vai saber.

No mais hoje foi um dia de "quase famosos". Não tinha muito quem fotografar e tinha um povo meio estranho. Fotografei o misnistro Gilberto Gil e o Paulo Borges juntos. No mais eram todos figurinhas carimbadas e anônimos.

Hoje ainda rolou bafo grande envolvendo policia, supostamente prisão e muito diz-que-diz. Tavam dizendo que o desfile do Lorenzo Merlino poderia não acontecer porque ele poderia ser preso. Mas acabou rolando. Só que depois pintou polícia e um assessor se pronuncio na presença da imprensa, dizendo que era um problema que sua família que tinha um salão de beleza. Era uma questão trabalista. Levei muito pisão no pé, mas consegui fotografar os policiais entrando no back stage.

Aliás a passarela do Merlino foi a mais divertida. Ao invés de tradicionais cadeiras, a platéia sentava em camas, no chão haviam abajoures que eu insisti muito em chutar com meus pés.
Depois ainda vi 5 minutos do desfile da Fábia Bercseck e fui embora. Não vi mais nada. Meu saco e pasciência acabou a horas e horas.

Mas amanhã tem Cavaleira numa balsa no Tietê. O convite inclui uma capa de chuva e uma máscara (pra não sentir o cheiro de podre que deve ter lá). Espero estar empolgado. Pelo menos curioso será! E a noite tem Ellus na estação de metrô. No domingo Alexandre Herchcovitch Masculino.

Ganhei uns toys fofos da Puc, uma agenda da TAM no desfile da Iódice, e a última edição da Mag! Ainda descobri que na sala geral de imprensa tem fotos 10x15 de graça pra quem tem credencial de imprensa. Cheguei tarde e peguei uns looks de meninos super geeks da Triton. Hoje também realizei que a trilha da Triton no desfile de ontem teve Blondie, Peaches e mais alguém que eu não consigo lembrar, mas que também gosto bastante. Odiei mais uma vez não estar lá ontem a noite

E essa noite tenho que dormir mais cedo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

SPFW - Day 3

Putz cansei.

Cansei mesmo.

Lembrar da trilha sonora dos desfiles é praticamente impossivel. Tudo pra mim tem gosto de xis salada: você não consegue diferenciar o gosto da maionese e o gosto do Catchup. Acaba sendo uma mistura laranja-abóbora com gosto indescritivel.

Pra mim o SPFW tá ficando assim. Uma única coisa, que não consigo saber se é boa ou ruim. Não sei o nome das pessoas e não consigo mais lembrar quem vi hoje ou quem vi ontem. Lembro quem fotografei mas não sei em qual primeira fila de qual desfile eles estavam.

To começando a desejar que isso acabe logo. Que eu possa dormir como uma pessoas decente, escovar os dentes não mais uma única vez o dia inteiro e principalemnte não ter que comer mais aquela comida metida a besta e metida a natureba da Abril. Desde que tudo isso começou não toquei mais em um garfo ou numa faca. Estou virando um ogro?

Caprichei no modelón new rave e me fotografaram para alguns sites que provavelmente eu nunca verei em toda minha vida. Usei calça skinny verde bandeira, com camiseta verde jchumbo e converses multicolorido nos pés.

Não vi Triton, mas adoraria ter visto. Cheguei a sentar na sala e me chamaram urgente pra descarregar uma foto da maquiadora da Uma. Tive que abandonar o barco. Ainda entrei sozinho no camarim do lounge Natura antes do pocket show da Fernanda Takai. Uma querida ela. Mas só ouvi/vi duas (adoráveis) músicas.






Com o passar dos dias, você começa a repetir as celebridades fotografadas e algumas até te dedicam sorrisinhos ou abaninhos discretos.

Ganhei uns bottons da Triton, uns esmaltes do Reinaldo Lourenço e uma capa de câmera da Giselle Nasser . Até os brindes estão ficando pouco interessantes.

Que mais.



Ta bom né?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

SPFW - Day 2

Talvez seja cedo pra dizer, mas a medida que os dias passam, sinto que meu corpo, cabeça, câmera e flash se acostumaram a pauleira deste SPFW.
E o stress das pessoas vai aumentando inversamente proporcional a medida que o piloto automático vai sendo acionado. Quase tomei uns tapas clicando Marcos Mignon no meio da muvuca de fotógrafos e cinegrafistas e não consegui clicar a Vivienne Westwood (a figura mais internacional desta edição). Teve uma cobrança grande na redação, mas não rolou. Era impossível entrar na sua conferência e no brunch, ambos promovidos pela Melissa.

Hoje foi o dia das tops. Cliquei a Ana Beatriz Barros desafinando muito num karaoque (!) , Carol Trentini no backstage da Zoomp e Mariana Weickert no lounge Melissa. Ainda vi na passarela a Isabeli Fontana. Mas não vi a Raquel Zimmerman nem a Jeiza Chiminazzo na Animalle. Confesso que queria. Ainda não vi uns dois desfiles, porque tava meio louco, muito cansado ou de saco cheio. Cheíssimo talvez. Ainda vi um desfile durante 4 minutos e 16 segundo e me mandei. Nem lembro que quem era na real.

Fotografando o arquiteto Marcelo Rosenbaum ( atualmente meu arquiteto brasileiro vivo favorito -porque Niemeyer não conta como vivo ) no longe FIAT, ganhei uma regata bacana da Banca de Camistas para Amapô. Nem sei se usarei, mas encabeça a lista de melhores brindes até então.

O momento mais bonito foi ver Adriana Calcanhoto cantar Madonna acompanhada de um único violoncelo no desfile da Maria Bonita.
No desfile da V. Rom, mais uma vez meninos de bermudas curtas e meia calça. Começo a achar que mundo quer porque quer que eu me jogue na meia calça. Aliás o homem V. Room é tudo o que eu gostaria de ser, mas nunca serie: meio geek, meio rocker, meio militante e engajado politicamente. Ponto para os meninos.

E no domingo tem balada disputada com o Cansei de Ser Sexy na Love Story depois do desfile da Zapping e eu ainda não descolei minha entrada. Amanhã tenho que pensar nisso.

Não consigo mais pensar em mais nada além de minha cama.



Foto no Backstage da V.Room e seus meninos aventureiros.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

SPFW - Day 1

Começou.
Finalmente começou.
Estou escrevendo isso a quase duas da manhã depois de um dia inteiro em pé, fotografando famosos e quase famosos nos corredores da Bienal. Não sei porque o faço, mas me propus a escrever todos os dias.
Será que consigo?

Me privo de qualquer cometário sobre os desfiles, sobre as tendências. Uma porque eu nem quero, nem me sinto apto para isso! Só posso dizer que usarei bermuda com meia calça no inverno brasileiro (ou será no inverno europeu?). Já tiva visto na Espanha, mas achei arriscado. Logo foi (quase) a única coisa que prestou no último desfile da Colcci. E hoje a noite vi no fantástico desfile da Osklen: meninos rockeiros, meio grunges, meio pós-glam em bermudas curtinhas e meia calça grossa.
Encabeça minha lista quero ter da próxima estação.

Vi todos os desfiles (seis no total). Mesmo sem querer. Mesmo nem prestando atenção.
Em muitos momentos procurar uma bala no fundo da mochila ou conferir meus últimos cliques era muito, mas muito mais interessante que ver um bando de modelos com cara de paisagem passando em ritmo frenético na minha frente.

Fora o povo brega que se monta e finge ser importante em pose de me-fotografe-por-favor!. Achei bem divertido. Adorei os brindes (uma regata da Forum, um carrinho da Fiat e um boné do Alexandre Herchcovitch, um Moleskine do Fause Haten, uma tinta de cabelo (!) da Patricia Viera, um cordao em forma de cabo de amplificador da Osklen...), que creio que terei presentes pra todos meus amigos e nem precisarei fazer lista no próximo Natal. Sem falar num monte de papel, jornal, embalagem de chocolate, papel de bala que fui acumulando ao longo do dia...
Cheguei de manhã com uma mochila de 2 kilos. Voltei pra casa com uma de 17.

Não sei se devo postar uma fotografia, em teoria elas são todas exclusivas para a Elle.
Amanhã penso nisso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

São Paulo outra vez.

Outra vez em São Paulo.
Desta vez não estou morrendo de falta de ar, meu nariz não esta escorrengo como as Cataratas do Iguaçu, nem meus olhos estão parecendo os de um chinês mestiço. Me acostumei a poluição do caos.
Vim pra cobertura do São Paulo Fashion Week, que começa a amanhã e provavelmente ficarei mais uma temporada.
Quero comer pizza no Pedaço da Pizza, milho cozido na Paulista, pastel de feira nas manhãs de quinta- feira. Tomar agua com gás salgada no Ritz, chocolate quente no Starbucks e comprar yakut das mocinhas no Jardins. Chorar no Unibanco Arteplex da Augusta. Pegar metrô na Sé e achar tudo caro e abusivo na Oscar Freire. Comer maçã o tempo inteiro e tomar sopa, de manhã, de tarde e de noite (porque São Paulo tem gosto de regime pra mim). Descobrir possíveis nomes ótimos para cachorros no menu do Almanara. Desejar todos os Sneakears da Doc Dog e todos os copos do Alexandre Herchcovitch para a Tok Stok. Ficar bem longe da barulheira do Piola e sentir um friozionho na barriga quando subir 17 andares em 3 segundos lá na Abril.

Odiar tudo e amar tudo em iguais proporções.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Florianópolis - Ilha da Magia Negra


Amei e era amado.

Amava as pessoas, as ruas, a areia e as cores da minha casa.

Amava minha rotina e achava que tudo estava perfeito.

Tiraram meu tapete e comecei a odiar tudo, todos. O sotaque, as vitrines, o calor em excesso, a triteza em excesso. Escutei Radiohead até a exaustão, comprei flores e píntei as paredes. De pouco adiantou.

A única solução foi a boa, velha e covarde fuga. Não quiz mais voltar, não quiz mais saber. Cruzei oceanos, escrevi cartas, sofri, cresci e, finalmente, resolvi voltar. Para exorcizar fantasmas, para matar saudades (?). E para me tornar uma pessoa melhor. De bem com meu passado e pronto para um novo futuro.

Dose extra de maturidade?

Sim, por favor!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ricardo Luis

Tem pessoas que entram na sua vida e você não se imagina sobrevivendo sem elas para todo o sempre.


Tem pessoas que entram na sua vida, enxem seu coração de felicidade e num dia, sem que você espere, somem.


Você se sente triste, chora, faz-todas-as-coisas-que-sabe-que-não-deve-fazer. Mas sobrevive.
Depois do ridiculo, da dor, da derrota e depois de todas as coisas bobas e terríveis que você não consegue parar de pensar, tudo esfria. Pode demorar dias ou meses. Pode demorar anos.


Então um dia depois de alguns ensaios não concretizados vocês conseguem se encontrar finalmente. E são tantas coisas pra falar, pra contar, pra mentir que o tempo se faz escasso.O tempo voa, você perde a fome, perde a fala e nem sabe mais o que deve dizer ou fazer. Você chora, sente falta, sente saudades e o tempo acaba (sempre ele!). E mais uma vez vocês se despedem, dizem coisas bonitas um ao outro e partem cada um para lados opostos da rua e sabe se lá quando voltarão a se ver novamente...



Ricardo e eu, dois anos e nove meses depois. Florianópolis 30/dez/2007.